Roupas de pele
O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher. (Gn 3.21)
No reino histórico da criação se lê que tudo o que Deus fez foi bem feito. Adão e Eva tinhas muitas árvores para admirar. Mas parece que aquela árvore do conhecimento do bem e do mal, que Deus plantou no meio do jardim, de cujo fruto não deveriam comer, foi a que mais admiravam. Aquelas frutas, parece, até falavam. E uma delas estava bem ao alcance da Eva. Ela só ia experimentar e repartiu com Adão. Que gosto tinha ? Precisa explicar ? A emoção que se apoderou do casal foi o medo. E esse medo perdura e está presente em todo ser humano até nossos dias. Os dois tentam esconder-se de Deus. Partem para tecer uma vestimenta com folhas de figueira. Estavam sentindo frio? Nada disso. Eles tentam achar alguma coisa para se justificarem. É o que acontece conosco. Uma transgressão da ordem de Deus (aquilo que a Bíblia costuma chamar de "pecado") nos desnuda. E daí partimos a tecer a nossa roupa de auto justificação. Só que a nossa justiça própria diante de Deus não passa de trapo (Is 64.6). Deus lhes havia dito que, se comessem daquela fruta, o resultado seria a morte (Gn 3.3), e Deus cumpre o que diz. "O salário do pecado é a morte", confirma mais tarde a Bíblia em Romanos 6.23. Portanto, não seriam aquelas toscas tentativas de Adão e Eva que resolveriam a questão. Deus então providenciou-lhes peles. Isso quer dizer que alguém foi sacrificado em ligar deles. E quem deu a sua vida por nós? Foi Jesus, o Filho de Deus. Sua justiça, que o levou à morte pelas mãos dos homens, é a "pele" para nossa vestimenta única e suficiente diante de Deus. Eu me agasalhei pela fé nessa vestimenta fornecida pelo Cordeiro de Deus, e desfruto do seu amor. Aleluia!
Texto retirado do livro Presente Diário.
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